|
A década de 60 será sempre lembrada pela eclosão de movimentos estudantis em todo o mundo. Em Curitiba, com seus mais de 400 mil moradores na época, também tivemos a participação dos estudantes em passeatas e protestos. Mas uma outra idéia revolucionária de alguns jovens iria transformar o ensino da capital paranaense. No 19º andar do Edifício Asa, eles inauguravam o Curso Dom Bosco, preparatório para o vestibular de engenharia. Uma idéia de ensino que deu tão certo, que o número de alunos aumentou numa progressão geométrica. Para abrigá-los, um novo endereço: a Rua Pedro Ivo. Três anos decorreram-se e o Dom Bosco cresceu ainda mais. No Edifício Cláudia da Galeria Andrade, ele preparava os alunos que desejavam ingressar na faculdade de medicina. Uma feliz coincidência: o endereço era próximo da Universidade Federal do Paraná. A dedicação desses alunos era tamanha que eles não paravam de estudar nem aos domingos. Por isso, estudar de verdade virou uma marca de quem estuda no Dom Bosco.
Enquanto o Brasil experimentava o milagre econômico e um crescimento vertiginoso, Curitiba também crescia em grande velocidade. O momento era de grandes mudanças urbanísticas, com a construção de prédios modernos, a criação das linhas exclusivas de ônibus expressos e a Rua XV transformada em primeiro calçadão do país. Estes foram alguns sinais da confirmação de uma vocação antiga da cidade: implantar inovações. Neste mesmo caminho, o Dom Bosco também confirmava sua capacidade de inovar e seu potencial de escola do futuro. Além de sua evolução pedagógica, o Dom Bosco inaugurava a sua sede própria na Avenida Vicente Machado, que junto com o colégio da Rua Emiliano Perneta, Ensino Médio, Fundamental e a Educação Infantil, apresentavam um novo padrão de ensino à toda comunidade curitibana.
Curitiba chegou nesta década ao seu primeiro milhão de habitantes. Junto com esta marca, muitas mudanças no cenário urbano: shopping centers, construção de novas áreas de lazer e a implantação do conceito de cidade ecológica. Então, enquanto a cidade investia na sua qualidade de vida, o Dom Bosco investia na qualidade do ensino e infra-estrutura. E assim, o bairro do Ahú, e na seqüência o das Mercês, receberam duas novas unidades do Colégio Dom Bosco. Mas as fronteiras do saber não têm limites geográficos, e o Brasil inteiro passou a conhecer nossos valores. Com a criação da Editora Dom Bosco, centenas de escolas em todo o território nacional conheceram o material didático produzido por nossa instituição. Nesta década também conhecida pela resgate dos nossos direitos políticos, a consciência política da cidade fez da Praça Osório, o Calçadão da XV e Boca Maldita, o cenário do primeiro comício nacional pelas Diretas-Já. Foi nesse ambiente de um novo país que o Dom Bosco projetou um crescimento ainda maior.
Curitiba chega aos seus 300 anos como sede de uma região metropolitana com 24 municípios, uma grande industrialização e os desafios de cuidar de uma população de 1,5 milhão de pessoas. O Dom Bosco cresce no mesmo ritmo, e duas novas sedes passam a receber seus alunos. A primeira na Avenida Cândido de Abreu, e um ano após, na Emiliano Perneta. No bairro do Ahú, foi inaugurada uma sede exclusiva para a Educação Infantil. Nasce a Gráfica Dom Bosco, responsável pela impressão de todo o seu material didático. Nesta década, a cidade rendeu-se ao encanto das flores do Jardim Botânico e aos espetáculos na pedreira Paulo Leminski e na Ópera de Arame. E nossos alunos se renderam ao método de ensino e a dedicação de uma instituição já identificada com os movimentos culturais e sociais, da capital do Paraná e do país.
Numa metrópole, cujas fronteiras já se confundem com os municípios vizinhos, são muitos os desafios para criar um cenário de desenvolvimento permanente. É por isso que Curitiba e o Grupo Dom Bosco não podem parar de evoluir para acompanhar tantas mudanças. Enquanto a cidade e sua região metropolitana já ultrapassavam no início desta década os 2 milhões de habitantes, o Dom Bosco já concluía dois projetos muito bem planejados: a nova sede do Colégio no Bairro Batel, e a criação da Faculdade Dom Bosco, abrindo as portas da instituição para o ensino superior. Para o Dom Bosco, a certeza de ter chegado até aqui com os seus valores ainda mais renovados é uma grande vitória. É mais um capítulo que está sendo escrito no grande livro da vida, em que continuamos atuando como personagens de novas e importantes páginas que se abrem a cada dia.